quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

57 Minutos

 
Sem floreios, apenas o seco e áspero arquétipo. Este sou eu.
Ao telefone eu comentei sobre você, porém não tive algo bom em troca. "Saia dessa, é problema demais." Demais isso para mim? Demais por ser além do que já vivi? Demais... de mais.
Estrangulou as ideias e o estopim foi um advérbio. O logaritmo das possibilidades resumiu em convexo reflexo meio pontilineo, e se fosse eu?
Meu umbigo não é diferente. Eu posso ser o "é problema demais" de outras pessoas, ou melhor, eu sou um acumulado de problemáticas que não tem fim, tampouco luz no fim do túnel. Isso me fez tão mal, ver o outro sendo eu é muito covarde, sim ele pode ser uma pessoa boa, pode ter um sucesso e futuro brilhante, já eu... Ah, eu tenho minhas próprias convicções, realizo o cromo perdurado em dicotomia assistida. Honesto contigo e consigo ao ponto de dizer-te "sou problema" sem tirar vantagem do sorriso sincero, ser como sou, como vivo e as pessoas que me cercam é o quer eu chamo carinhosamente de "minha vida". E nesta, apenas eu posso comentar, por isso respeito os outros e suas vivências, sem excluí-los da lista só por serem, talvez, iguais a mim.


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